Moradores da Resex Mapuá, no Marajó, participam de oficina de gestão administrativa e financeira em Breves

Moradores da Resex Mapuá, no Marajó, participam de oficina de gestão administrativa e financeira em Breves

Moradores da Reserva Extrativista Mapuá, no arquipélago do Marajó, que atuam com atividades de manejo florestal comunitário, participaram nos dias 27 a 29 de maio, em Breves, da primeira oficina de gestão administrativa e financeira do projeto Valorização da Floresta. A atividade, promovida pelo Instituto Floresta Tropical (IFT), tem como objetivo apoiar o desenvolvimento e o aprimoramento de modelos de manejo florestal comunitário e familiar na Resex atendida pelo projeto.

O curso, realizado no Centro de Desenvolvimento e Educação Profissional Dr. João Messias dos Santos (CEDEP), apresentou orientações de gestão administrativa e financeira desenvolvidas em organizações sociais. Durante a capacitação os participantes também aprenderam os conceitos e aplicação de associativismo e o cooperativismo como ferramentas para o fortalecimento comunitário. A atividade contou com rodas de conversas, exercícios práticos e dinâmicas reflexivas sobre o processo de gestão e organização comunitária.

A oficina apresentou orientações de gestão administrativa e financeira desenvolvidas em organizações comunitárias

   A oficina apresentou orientações de gestão administrativa e financeira  destinadas para o fortalecimento das organizações comunitárias. (Foto: Acervo IFT)

“O objetivo dessa qualificação é mostrar a importância da gestão administrativa e financeira para a execução dos empreendimentos comunitários. A ideia é capacitar o público da oficina, formado por lideranças comunitárias, e possibilitar que ele seja replicador desses aprendizados dentro da unidade de conservação”, afirma Ed Garcia, consultor de gestão e facilitador do curso.

Presidente da Associação Agrícola Boa Esperança, da Resex Mapuá, Arnaldo Costa da Silva elogiou a iniciativa do IFT e disse que a oficina ajuda a fortalecer a organização social da comunidade. “Os aprendizados que tivemos aqui são fundamentais para melhorar os resultados do nosso empreendimento comunitário. Afinal, o fortalecimento da nossa cooperativa e da nossa associação reflete no fortalecimento da nossa comunidade. E isso automaticamente garante a proteção da nossa biodiversidade para que as futuras gerações também tenham acesso a sustentabilidade que temos hoje”.

Durante a capacitação os participantes aprenderam os conceitos e aplicação de associativismo e o cooperativismo.  (Foto: Acervo IFT)

 

A satisfação do líder comunitário também é compartilhada pela professora Maria do Livramento Pedroso, presidente da cooperativa de agroextrativistas dos rios Aramã e Mapuá  (Coama). “Essa formação foi um momento de muito aprendizado pra nós, enquanto membros de organização social, pois sabemos que quanto mais conhecimentos adquiridos sobre gestão, melhor serão os nossos resultados. Por isso, pretendemos repassar os aprendizados adquiridos aqui para os outros cooperados que não puderam participar da oficina. A ideia é colocar em prática tudo que foi aprendido no curso para aprimorar a comercialização dos nossos produtos e fortalecer a cooperativa dentro do nosso territorio”, destaca Maria.

Valorização da Floresta

A oficina faz parte da agenda do projeto Valorização da Floresta. Segundo César Pinheiro, técnico sênior do IFT, a atividade é fundamental para a construção de conhecimentos sobre a gestão e a viabilidade do empreendimento florestal executado na Resex Mapuá. “O objetivo dessa iniciativa é capacitar as lideranças comunitárias para fortalecer essas organizações e torná-las responsáveis pela gestão desses empreendimentos”, destaca César.

Iniciado em outubro de 2023, o projeto Valorização da floresta tem como objetivo fortalecer o manejo florestal sustentável nas Reservas Extrativistas Arióca Pruanã e Mapuá, no Pará. A iniciativa integra o projeto Sustenta Bio – aliança pelo fortalecimento das economias da sociobiodiversidade em áreas protegidas, realizado pelo ICMBio, Vale e Fundo Vale em parceria com outras organizações que atuam na Amazônia. O projeto, financiado pelo Fundo Vale, prevê estruturação da produção madeireira local, a promoção de novas cadeias da sociobiodiversidade e o fortalecimento dos planos de manejo florestal comunitários nas unidades de conservação atendidas.

 

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