14 set Manejo madeireiro sustentável é tema de intercâmbio comunitário em Porto de Moz
A Reserva Extrativista Verde para Sempre, localizada em Porto de Moz, oeste paraense, sediará entre os dias 18 a 20 de setembro o Intercâmbio Comunitário para Troca de Experiências e Aprendizados sobre Manejo Madeireiro Comunitário em áreas Protegidas da Amazônia.
O encontro, promovido pelo projeto Florestas Comunitárias em parceria com a pesquisadora associada do Instituto Floresta Tropical (IFT), Ana Luiza Violato Espada, reunirá lideranças e manejadores agroextrativistas dos estados do Acre, Pará e Amazonas para debater os avanços e desafios do manejo comunitário em unidades de conservação de uso sustentável, principalmente reservas extrativistas.
O Intercâmbio tem a concepção e coordenação metodológica de Ana Luiza Violato Espada, doutoranda em Recursos Florestais e Conservação pela Escola de Recursos Florestais e Conservação da Universidade da Flórida, e objetiva estimular a reflexão sobre os processos de tomada de decisão e arranjos socioprodutivos do manejo madeireiro, além de mapear ações estratégicas para o fortalecimento do manejo florestal comunitário na Amazônia. A ideia é promover a troca de conhecimentos entre iniciativas comunitárias com diferentes níveis de amadurecimento, tendo experiências já com anos de realização de manejo madeireiro, mas também as RESEX do Marajó, que estão em processo de licenciamento dos seus Planos de Manejo Florestal Comunitários.
O encontro une a iniciativa de pesquisa científica e o empoderamento comunitário na Amazônia. “O intercâmbio comunitário faz parte de uma proposta inovadora de pesquisa-ação participativa que, pela primeira vez, reunirá membros de comunidades de todas as reservas extrativistas que estão efetivamente manejando madeira para discutir processos de tomada de decisão e arranjos socioprodutivos na perspectiva de uma pesquisa acadêmica associada a projetos de desenvolvimento. Além das informações geradas para a pesquisa, o intercâmbio tem o objetivo de promover a troca de experiências, a reflexão e a aprendizagem coletiva”, destaca a pesquisadora Ana Luiza.
O Projeto Florestas Comunitárias apoia a implementação de modelos de manejo florestal comunitário para uso e comercialização de madeira e açaí. Florestas Comunitárias é uma iniciativa que pretende fortalecer a organização social, gerar renda e contribuir para a redução do desmatamento em Unidades de Conservação. O projeto é apoiado pelo Fundo Amazônia.
O Intercâmbio comunitário para troca de experiências e aprendizados sobre manejo madeireiro comunitário em áreas protegidas da Amazônia é uma realização da pesquisadora Ana Luiza Violato Espada, em parceria com o IFT, e conta com os apoios do The International Tropical Timber Organization (ITTO) e Fundo Amazônia, além da colaboração da University of Florida (UF), School of Forest Resources & Conservation (SFRC), Tropical Conservation e Development Program (TCD), The Rufford Foundation, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) e Comitê de Desenvolvimento Sustentável de Porto de Moz.
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